sábado, 30 de junho de 2012

O problema não está só nas mamadeiras...



Vejo muitas pessoas recarregando garrafas d'água. E vejo também um monte de garrafinhas ditas "ecológicas" à disposição para venda, com aquele bico do tipo do Gatorade.

Esse infográfico, publicado em O Globo, esclarece que essa não é uma prática segura e que o "squeeze" tampouco é legal para usos tão prolongados (essa coisa de "não tem legislação própria" é sinal de problemas).

A diferença é que nós, adultos, já temos mais anticorpos pra lutar contra essas ameaças. A partir dessas informações, imaginem só os riscos que os bebês correm com as mamadeiras.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Fraldas descartáveis serão mesmo insubstituíveis?



Tendemos a nos tornar dependentes dos produtos.

Hoje as pessoas são dependentes das fraldas descartáveis. Completamente dependentes.

Essas mesmas pessoas, quando bebês, usaram fralda de pano (a maioria dos jovens de 20/25 anos usaram fraldas de pano quando bebês, porque naquela fase as descartáveis recém chegavam no mercado brasileiro e eram muito caras), e seus pais sobreviveram (!).

Existe um projeto -que eu chamaria de "internacional", já que se trata de uma base formal reproduzida em muitos lugares do mundo- de uma fralda de pano modernizada, ou seja, muitas das características presentes nas descartáveis foram adaptadas para fraldas de tecido, resultando em um produto verdadeiramente interessante e prático.

Ontem, visitando a Cúpula dos Povos (evento paralelo à Rio+20), me deparei com a tenda Morada da Floresta. Conheci o produto e adquiri um exemplar. Como sou professora de Design, vale muito mostrar aos alunos o quanto é possível conceber projetos sensatos e inovadores.

Compartilho com vocês o link.

http://www.moradadafloresta.org.br/fraldas-ecologicas/564-novidades-especiais-bebes-ecologicos

domingo, 10 de junho de 2012

Mais uma da "Grande Mãe"



Recentemente recebi de uma amiga que mora em Nova Iorque alguns artigos publicados pela Time Healthland. Um deles me chamou especial atenção.

Em 27 de abril deste ano foi publicado o artigo "Can a Formula Company Really Promote Breast-Feeding and Fight Child Obesity?" http://search.time.com/results.html?N=0&Nty=1&p=0&cmd=tags&srchCat=Time&Ntt=Can+a+Formula+Company+Really+Promote&x=13&y=16

O texto conta que Corey Booker, prefeito de Newark, fez uma parceria com a Nestlé para combater a obesidade infantil (!). A companhia irá promover um programa de capacitação de avós, pais e cuidadores para melhorar a nutrição das crianças, por intermédio de algumas mudanças na dieta, além do incentivo a atividades saudáveis (!).

O artigo relata que os especialistas sabem que a Nestlé vai promover seus próprios produtos, ao invés de incentivar a amamentação (of course!).

Relata também que a Baby Milk Action entrou em contato com Booker, afirmando que "Isso não deve ser patrocinado por uma empresa que tem interesse em produtos que aumentam os riscos da obesidade para as crianças".

"A Nestlé patrocinar um programa anti-obesidade é como RJ Reynolds patrocinar um programa de exercícios - absurdo e inadequado ",  disse Maria Parlapiano, uma enfermeira e consultora de lactação em Chatham, Nova Jersey, que direciona esforços para impedir a iniciativa, em Newark e em todo o país.

Eis então mais uma iniciativa da Nestlé, essa "Grande Mãe" que tudo pode, tudo sabe e tudo vê (e que foi eleita uma das empresas mais queridas dos cariocas nos dois últimos anos).

É de arrepiar ...

PS: Essa linda ilustração aí de cima foi capa de um dos primeiros folders de divulgação da Nestlé no Brasil.


 

sábado, 2 de junho de 2012

We are the world - precisamos saber mais do que aquilo que nos permitem saber



Em 1985, Liderados por Michael Jackson e Lionel Richie, muitos astros da música se reuniram para gravar "We are the world".

Na África, crianças adoeciam e morriam, raquíticas.

Na minha pesquisa de doutorado, tive a infelicidade de constatar que essa mortandande se devia, em grande parte, às consequências da entrada dos leites artificiais e mamadeiras na vida dos africanos e de outros povos do então considerado "Terceiro Mundo".

E, que triste, o dinheiro levantado por essa campanha , muito provavelmente se converteu em doações de leites artificiais e mamadeiras, porque todos acreditavam que com isso estariam ajudando.

Até hoje, quando se recolhem doações para populações vitimadas por desastres naturais, as mamadeiras e os leites artificiais estão lá.

Tudo faz com que as pessoas acreditem que estão ajudando, que isso fará bem às crianças.

Que triste, não fará.