sábado, 1 de junho de 2013

Mothers and sisters and brothers, and ...



Às vezes consigo me ATIRAR no sofá e assistir ao seriado "Brothers and Sisters". Eu nem sou muito fã não, mas é muito interessante ver a rotina complexa de uma família, toda editada, sem as longas horas e os incontáveis procedimentos pelos quais temos que passar todos os dias: só aparecem as cenas que interessam. E da última vez, cheguei a uma singela conclusão, a de que uma das maiores diferenças entre o que é exibido e o que acontece na vida das pessoas é a de que, no seriado, tá todo mundo sempre arrumadinho e maquiado, e na vida real a gente tá quase sempre sem esses aparatos, muitas vezes totalmente desgrenhados :o).

Estou com 54 anos, e as pessoas próximas à minha idade tendem a viver os mais altos níveis de stress e de responsabilidade, porque além de pais de filhos adultos que iniciam sua vida, são responsáveis por seus pais. Ou seja, esse papo de que avós são pais duas vezes é fichinha perto do fato de que adultos da minha idade são ... , como dizer ..., ahn.... estão é numa grande enrascada, já que precisam se triplicar pra dar conta dos filhos, dos pais e de si mesmos.

Olha, não é mole não.

Mas voltando a falar do seriado, me toco também que a vida da gente pode ser um carrossel, ao invés de apenas uma louca montanha russa. E nos últimos dias eu comprovo que não tenho que reclamar de pasmaceira na minha vida. E vou explicar porque:

1) Dei um mal jeito na coluna que me tirou do sério
2) Mas o tempo melhorou e pude fazer com minha mãe um passeio lindo à Praia Vermelha
3) Participei do Congresso Virtual de Aleitamento Materno, uma iniciativa maravilhosa do Dr. Marcus Renato. Me enrolei tanto, aqui sozinha, pra entender o funcionamento da tela! Mas acabou correndo tudo bem, e pude assistir a palestras excelentes dessa gente toda que trabalha em prol da segurança alimentar das crianças
4) À tarde, tive reunião com minha equipe do projeto do copinho, pude lhes contar dos avanços que estamos fazendo junto ao Instituto Fernandes Figueira, e ainda reencontrei Catarina, a filhinha de Fernando, que estava dodói - motivo da reunião acontecer em sua casa
5) Chegando em casa, feliz da vida e cansada, minha irmã me contou ao telefone que nossa mãe estava com uma infecção que necessitaria de internação para tratamento. Mas ela acabou de levar alta do hospital!
6) Uma breve "reunião" com ela, seu clínico, meu marido e um amigo também médico (que nos visitava de surpresa), e a conclusão: amanhã a levaremos para a emergência
7) As sete horas que ficamos lá foram suficientes pra conseguirmos que o tratamento fosse feito sem internação, contanto que a levássemos lá todos os dias para receber medicamento
8) À noite, exaustos, fomos a um bar de tapas e tive que meio que rodar uma baiana porque nosso pedido não chegava nunca e eu estava bebendo de estômago vazio
9) E lá se foi a semana, com milhares de acontecimentos, sobressaltos, alegrias (o filme que minha filha fez, cujo nome é inspirado na sua música predileta quando bebê, foi selecionado para um festival em Tel-Aviv!), minha mãe está bem - só que ainda não foi verificado se a infecção foi debelada, e....
10) Estou aqui, num sábado tranquilo (até segunda ordem), escrevendo este post e pensando: será que consigo assistir ao episódio de hoje de "Brothers and Sisters?" Sim, eu gosto de ver e me relaxa. Porque os problemas não são meus.


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